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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Todo dia.

Todo dia ainda veem
Minhas cicatrizes invisíveis
Infratoras
Sem grito
Sem sentido
Sem nada
Todo dia ainda veem
Minhas histórias incontáveis
Incríveis
Sem jeito
Sem gesto
Sem nada
Todo dia ainda veem
Meus olhos intensos
Infinitos
Sem cor
Sem dor
Sem nada
Todo dia ainda veem
Minhas vozes incertas
Incapazes
Sem som
Sem tom
Sem nada
Ainda veem
Meus pés incertos
Sem nada
Minhas mãos intocáveis
Sem nada
Minha boca inconstante
Sem nada
Meus braços instáveis
Sem nada
Meu mundo inteiro
Sem nada
Sem nada
                nada.

E mesmo assim
Não viram o dia
Que dentro de mim
Uma menina sorria

                            E agora aqui dentro, não existe mais nada. Nem ao menos o que um dia ainda assim existiu.

Um comentário:

  1. pras cicatrizes, estou aqui para curál-as
    suas hstórias: ouvi-las
    seus olhos contemplas
    tocar teu corpo, tuas pernas que não param
    beijar tua boca intensamente
    te ter em meus braços, conforto

    e ver todo dia, seu lindo sorriso de menina
    estou aqui, agora e sempre

    te amo

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