Compartimentos

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aquela criança.

Porque será que só os humanos são assim? Desde que fiz minha viagem pelo universo, todos os planetas que visitei eram feitos de crianças, e crianças mesmo! Não pseudo-crianças que querem ser mais velhas. Feitos de crianças que gostam de brincar de boneca e de carrinho, que sobem em arvores e correm pela rua. E elas não eram novas de existencia (se é que me entende). Acho um absurdo que na na terra somos apenas crianças por um breve (brevíssimo devo dizer) pedaço de tempo. Se é pra ser criança, tem que ser criança o resto da vida. É assim que eu penso, e não vou deixar de ser criança. Nunca! As crianças que tem os sentimentos mais profundos por coisas mais simples, que quando amam, amam de verdade, quando estão tristes, tristes de verdade. Não odeiam, querem fazer de tudo, não fazem nada as vezes. Brincam o tempo todo e não tem medo de nada, só de escuro. Acham que doce é a melhor comida do mundo e tem o poder de encantar a todos com uma risada. Assim que deviam ser os humanos, para sempre! Assim não haveriam guerras e o mundo seria uma grande bola de brincar. Quero ser criança, poxa! Podem me deixar? Juro que não vou mudar, serei para sempre aquela criança que quer sorvete de chocolate e uma bola pra chutar.

domingo, 4 de outubro de 2009

As duas palavras.

Eu ainda lembro de tudo o que passou. Lembro de todos os momentos que passamos juntos. Lembro das conversas e das risadas. Uma promessa feita por todos nós repete-se em minha mente. Duas palavras que significavam coisas tão obvias agora não são nem uma possibilidade. Ainda tenho vontade (muita vontade) de voltar ao passado para reviver aqueles momentos de alegria, e relembrar de quando eu era mais feliz. Em um ano que não era para acontecer nada de ruim, simplesmente veio o caos sobre nós cinco e tudo se quebrou. Primeiro nossa convivência, depois nossa amizade, nossos sentimentos e então passamos a ser indiferentes um para o outro. Foi simplesmente impossível transmitir para vocês a verdade que aconteceu dentro de mim. Tentei de todas as maneiras mas nem eu nem vocês entenderam, e normalmente quando não se entende algo temos conclusões erradas. Foi por esse jeito repugnante que me tomou que acabou com toda a nossa vida. Foi parando a conversa, os encontros, as novidades e então tudo acabou. Me vi presa em algum corredor escuro, onde não conseguia andar nem falar, e a única coisa que conseguia ver eram vocês quatro (com mais duas integrantes) seguindo em frente sem mim e eu não podia chama-los ou agarra-los com todas as forças, com lágrimas nos olhos e implorar para me levarem junto. No começo ainda olhavam para trás muitas vezes, mas depois os olhares foram diminuindo, até que agora, muito longe, nem se lembram mais de mim. E aquelas duas palavras repetidas por todos nós ecoa na minha cabeça, me fazendo doer ainda mais. Aquelas simples duas palavras, tão verdadeiras no inicio, agora tão impossivelmente mentirosas. Duas palavras. Aquelas duas palavras. Só as palavras "Para sempre."

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Aqueles que não conseguimos ver.

Na verdade o que é um fantasma? Alguém aqui pode me explicar? Já perguntei pra muita gente e sempre respondiam que eram besteira, ou que eram feitos de névoa. MAS COMO QUE ELES SABEM? Claro que existem as fotos onde os fantasmas decidem aparecer pra mostrar que existem, e daí eles aparecem meio nevoentos. Mas será que temos certeza de que só são assim nas fotos? Pensem comigo: Fantasmas são coisas que não podemos ver, certo? E se não podemos vê-los como podemos saber exatamente como são? Não podemos, exatamente. Então deixem de bobeira de acreditar que fantasmas são só nevoas. Não! Eles são muito mais que isso. Por acharem que eles são nevoa que acabam ficando bravos conosco e nos atacam ou coisa assim. Fantasmas são as recordações do que deixaram pra trás então mudam de cor a cada instante. Fantasmas são lembranças da poeira de memória que ainda restam na mente dele, então dependendo do que estão lembrando no momento, tem cores e jeitos diferentes. Fantasmas mudam e desmudam, se falam ou se juntam. Tem de todos os jeitos, tem de todas as formas, tem de tudo quanto é cor. São como bolas de sorvete, que caminham pelo mundo, a procurar sua casquinha.

Chega de perguntas!

Não sei se é porque não sou daqui, não sei se é porque tenho espírito-criança. Mas tenho sempre uma vontade enorme de saber das coisas. Não entendo porque brigam comigo, e também realmente não entendo porque me dão respostas tão sem Graça. Quero a Graça pra viver, se não, do que tem Graça? Se pergunto porque o céu é azul, não quero saber se é por causa da pigmentação e blablabla, e sim que é porque é sua cor favorita. Se pergunto o que é a luz, não quero saber se são atomos que blablabla, e sim que é o modo como a Vida demonstra alegria. Então não adianta me dar respostas sem sentido, quero respostas que façam meu coração entender das coisas, se não não vou parar de perguntar! Não chega de perguntas, chega de respostas. Que cheguem de respostas todas as perguntas do mundo, mas respostas que possam ser entendidas pelo coração, se não não quero não. Sou artista e interpreto, das respostas ao coração.